quinta-feira, 4 de março de 2010

Pesadelo no provador...



Tudo aconteceu hoje...
À hora de almoço tive a brilhante ideia de abdicar da minha refeição para ir comprar uns conjuntinhos na Women'secret... Já andava a precisar... Até aqui tudo bem. Encontrei umas coisas girinhas e de repente salta-me à vista uma promoção maravilhosa e super tentadora de umas camisas de dormir lindíssimas, de seda preta, a um preço inacreditável. Um pouco eufórica, dou uma corridinha (não vá alguém ver ao mesmo tempo) e rapidamente verifico que não há o meu tamanho... Não me dando por vencida decido experimentar o número abaixo, afinal quantas vezes já aconteceu ter feito o mesmo e até servir? Vou para o provador e é aí que a aventura começa. Vejo que na zona da cintura tem uma faixa que podia ser um pouco mais elástica mas parece que não quer dar de si. Dispo-me e enfio a cabeça. Tento meter os braços mas começa a apertar imenso. Faço força, insisto e de repente sinto um aperto e uma dor acutilante na zona dos ombros. Começo a ficar sem ar. Sinto os músculos a prenderem-se e começo a ficar com torcicolos. Aflita, tento enfiar o resto para parar com aquele suplício. Não dá. Tento tirar, em desespero crescente, mas aquilo não sobe nem desce. Tento rasgar a camisa, pois a dor começa a ser insuportável. Recordo-me de me ter tentado lembrar de um movimento de ioga mas quando dou por mim estou aos gritos a implorar ajuda. Rapidamente aparece a rapariga que estava no provador ao lado. Peço para me ajudar mas ela não consegue tirar aquilo de maneira nenhuma. Finalmente aparece a menina da loja a quem peço que busque uma tesoura para cortar aquilo. Em vez de se mexer diz que terei que pagar o estrago. Quase às portas da morte concordei e finalmente acabou a minha tortura. Paguei a despesa, vermelha como um pimento e jurei não entrar mais naquela loja dos Infernos!

Os meus sonhos de criança...

Estou deveras desiludida com a vida!

Quando era miúda tinha sonhos, tinha ambições: estudar, viajar, ser veterinária, hospedeira, arqueóloga… Enfim, estava confiante que tinha pela frente um futuro brilhante, cheio de aventura e emoção. Hoje em dia percebo que a única semelhança do meu sonho de infância com a realidade é a selva urbana de homens de fato escuro, filas de trânsito intermináveis e corrida aos saldos. Ok, admito que existe algum paralelismo com a estepe africana… Seja como for, estudei, formei-me, tenho uma carreira, lamentavelmente não como veterinária, hospedeira ou arqueóloga, e devia estar feliz por ter conseguido a independência que tanto ambicionava.

Pura ilusão!

Agora estou dependente de prazos e compromissos profissionais, de horários rigorosos, de instituições bancárias e quando estas falham (ou melhor falho eu a cumprir com os pagamentos) volto a estar completamente dependente dos meus pais…

Isto tudo porque queria fazer uma escapadinha a Andorra e falta-me a disponibilidade laboral, já para não falar da capacidade financeira :(

Próxima meta Rock in Rio, que é como que diz no Parque da Bela Vista em Lisboa (ok o Tejo é um rio, deve ser essa a lógica).

Beijo,
~Jess~