quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Uma noite inesquecível


Tudo aconteceu numa noite fria de Janeiro (não são todas?!?).

Consegui ficar responsável por um projecto super inovador depois de muito esforço. Talvez fosse esta a mudança que a minha carreira tanto precisa. Mal podia esperar para chegar a casa e partilhar todos os pormenores com a Ju e claro que a minha amiga também ficou super feliz e disse logo:
-Temos que comemorar!
Decidimos jantar fora e sair para alguma discoteca. Claro que primeiro nos debatemos com o problema do costume – um orçamento muito limitado. Onde jantar e onde sair com 40€ (era final do mês) eis a questão.

Parecia que estávamos de volta aos tempos de Faculdade… Vestimos uns jeans, um top bem bonito e um casaco. Estávamos lindas e glamourosas e foi com essa confiança que entramos no restaurante chinês. Somos as únicas clientes e olhamos as mesas com desconfiança antes de escolher um lugar. Porquê o chinês? É barato, perto de casa e a comida é razoável. Que importa se esteve alguns meses fechado por motivos sanitários e que sempre que lá vamos há uma criança a chorar? (vendo bem às vezes é um pouco sinistro). A Ju que é uma esquisitinha nessas coisas come sempre gambas e fica descansada. Diz que a ela não a apanham a comer “gato por lebre”, neste caso porco ou galinha por gato ou cão. LOL. Prato do dia escolhido e água para as duas e o jantar ficou por 14€.
Dinheiro restante: 26€.
Fizemos umas contas de cabeça e + ou - 20€ para o táxi de ida e volta para a disco, sobram-nos 6€. 2€ para guardar as carteiras (levamos umas bem grandes para dentro caberem os casacos) e sobram-nos 4€ para beber qualquer coisa num bar para fazer horas… Na disco night como é noite da mulher não vamos gastar nenhum… Por isso sorrimos uma para a outra e satisfeitas e vamos procurar um barzinho…

Como já estamos na baixa acabamos por entrar num cafezinho assim meio pró tasca mas bastante acolhedor para dar início a uma noite que se prevê longa. Bebemos um café e um bagaço. Sim, um bagaço! A Ju anda outra vez com dores nos dentes e para não parecer mal acompanho a minha amiga :). O bafo com que ficamos não foi dos melhores, mas nada que umas pastilhas de mentol não resolvam…Como já disse a noite estava fria e até recebi bem esta escolha tão pouco usual. Já faz algum tempo desde que temos uma noite assim, sabem… just girls! Lol.

Depois de uma animada conversa com um grupinho que se juntou a nós decidimos despedir-nos e continuar a nossa noite numa das discos mais badaladas do momento. Contrariadas chamamos um táxi... É dinheiro muito mal gasto mas queremos beber e não temos alternativa… Afinal temos 4 bebidas grátis à nossa espera… Ser mulher traz mesmo muitas vantagens… Quem inventou a noite da mulher devia ser galardoado!

Finalmente chegamos ao nosso destino. A despesa ficou em 8,25€. Como sempre vamos logo ao wc retocar a maquilhagem, tirar o casaco e enfiá-lo dentro da carteira. É algo que temos que fazer neste espaço para não passar vergonhas lá fora. É chato porque enquanto esperamos na fila pela nossa vez quase morremos de frio. Mas antes assim do que passar pela humilhação de ter o casaco vestido e no momento de guardar a mala, tirá-lo e enfiá-lo lá dentro à vista de todos…
Enquanto esperamos olho para o cartão e quase tenho uma apoplexia. Nele escrito posso ler: Consumo mínimo 7,5€. Não consigo reagir. Olho para a Ju que conversa animadamente com uns conhecidos que encontrou… Tenho que fazer alguma coisa!!!

- Desculpem – digo, interrompendo duas raparigas que esperavam na fila – mas hoje não é noite da mulher?
- Ah, não! Primeiro era neste dia, mas há cerca de um mês passou para a Quinta!
Sorrio como se me fosse indiferente quando a minha vontade é fazer sei lá o quê… Agora já estamos lá dentro e não podemos fugir…
- Ju, não te importas de vir ao wc comigo?
A Ju olha para mim intrigada…
- Jess, acabamos de sair de lá. Vamos perder a nossa vez na fila…
- Ju, anda…
Ela nem contesta, já percebeu que algo se passa.
Quando lhe conto a situação ela fica pior que eu…
- Não acredito! Durante anos este era o dia da noite da mulher! Nem olhei para o cartão de tão certa que estava… Desculpa Jess…
- Agora não há nada a fazer. Vamos ter que arranjar uma solução…
Entramos para um dos cubículos do wc, sentamo-nos nas sanitas (ao menos tem duas) e tiramos novamente os casacos das carteiras…
- Ora bem- diz Jess- vamos ver o dinheiro que temos…
- Não vai dar para tudo – diz a Ju desanimada - Ou pagamos os cartões e ficamos sem dinheiro pró táxi ou temos dinheiro para o táxi e não podemos pagar os cartões!
- Podemos sempre ver se vemos alguém conhecido e pedir dinheiro emprestado…
- Jess, estás louca! Nunca passaria essa humilhação! Olha, vamos ser positivas. Temos 15,75€! Vamos beber uma bebida cada uma, só UMA Jess! E arranjamos maneira de beber à borla e quanto a ir para casa logo se vê. Pode ser que arranjemos boleia. Não vamos deixar que isto nos estrague a noite! Afinal estamos aqui para comemorar! Vamos mas é beber uma vodka para ficarmos mais calmas…

E assim foi… Tínhamos que fazer a vodka render e fomos pedindo uns shots aqui e ali… Quando demos por ela já estávamos um bocadinho animadas.
A Ju foi à casa de banho e quando regressou vinha com uma cara que eu já conheço bem e perguntei logo o que andou a tramar.
- Observa e aprende – diz ela…
Vejo-a a ir em direcção ao balcão e fingindo ser empurrada derrama a bebida para cima das pernas de um rapaz que estava encostado…
- Ai, desculpa! Esta gente só empurra! As tuas calças! E a minha bebida!
Esta rapariga não existe… Claro que o rapaz não se importou com as calças e insistiu em pagar-lhe uma nova bebida. Ela entretanto chama-me e ele cavalheiro como é ofereceu-me também uma a mim. Quando ao ouvido ela me diz que foi ao wc encher o copo com água quase me desmanchei a rir mas tinha que manter a compostura.

A noite foi muito divertida, este golpe foi aplicado em mais umas vítimas, as horas iam passando e não sabíamos ainda como íamos para casa!
Eis que, como por milagre encontramos uma amiga/conhecida do nada. Estava lá com o namorado ou engate mais recente (decidimos por bem não fazer perguntas comprometedoras) e estavam com carro. Quando explicamos que a nossa amiga teve um problema familiar e teve que ir para casa mais cedo (vou para o inferno por mentir assim) prontificam-se a dar-nos boleia.

-Não é preciso, não queremos importunar!
-Sim, nós apanhamos um táxi – completa a Ju, com ar conformado (é muito boa actriz).
- Nada disso, não há problema algum – responde a Marta.
- Por acaso até há – explica o João, o namorado/engate – têm que ir na mala.
(Eu e a Ju trocamos olhares alarmados)
- Mas o carro é comercial e a mala é bem grande, já levei amigos antes, não há nenhum problema.

Reprimimos um suspiro de alívio e depois de buscarmos os nossos haveres ao bengaleiro seguimos o casal até ao estacionamento. O carro era um Renault Mégane e a mala por sinal era bem espaçosa. Finalmente a nossa noite atribulada tinha fim à vista. Ou não. Uns 500m mais a frente fomos parados. Por uma fresta na cobertura da bagageira podíamos ver as luzes cintilantes dos vários carros da polícia que controlavam a operação stop.

- Fiquem quietas – avisou o João antes de baixar o vidro.
- Os seus documentos e os da viatura se faz o favor! – disse o agente.
Conseguia vê-lo de esgueira e na placa de identificação li “Meireles”. Era este o nome do nosso carrasco. Esta noite estava a ficar cada vez pior. O agente Meireles analisou os documentos e pediu para o João sair do carro, tinha que fazer o teste do balão.
-Bebeu alguma coisa esta noite? – perguntou.
-Só uma ou duas cervejas – o João respondeu atrapalhado (eu só o vi beber whisky).
-Sabe que com este valor não devia estar a conduzir, porque coloca a sua vida e a dos outros em risco!
-Será que eu não posso levar o carro? – questiona a Marta.
-Pode claro – responde o agente – mas só se estiver em condições para tal! – e passa-lhe o balão.
A Marta tinha ainda um valor mais alto que o João! Já adivinhávamos o nosso futuro. O carro seria rebocado e nós duas morríamos na mala, de hipotermia ou de outra coisa qualquer. Sim, porquê se os agentes soubessem da nossa existência na mala a autuação seria bem mais grave.
O João tinha uma taxa de 0,78 e a Marta de 0,90 o que era bem grave, mas neste momento estávamos mais preocupadas com o nosso destino! Foi quando voltei a concentrar-me na conversa que percebi a negociação dos dois.
-Oiça Sr. Agente Meireles, o meu namorado soube há poucos dias que entrou no concurso para a GNR, não pode passar essa multa. E o senhor tem toda a razão, não estamos em condições de conduzir. Eu ligo a minha mãe e ela dá-nos boleia até casa.
-Sim, uma coisa destas fica sempre mal em início de carreira - começa também o João a apelar à boa vontade do agente – e daqui a uns meses somos colegas…
O agente estuda por alguns momentos a proposta dos dois, parece que todos nós sustemos a respiração.
-o que posso fazer é deixá-los estacionar ali à frente enquanto esperam pela mãe da moça. Desta vez passa, mas que não se repita.
-Isso! Nós até aproveitamos para descansar um pouco enquanto a minha mãe não chega.
-E agora? – pergunta a Ju.
-Agora ficamos aqui até que a operação stop termine e depois levo-vos a casa – explica o João.

A temperatura exterior devia estar negativa e na mala não estávamos muito melhor. O João, segundo indicações do agente não podia ligar o carro, por isso nada de ar condicionado. Eu e a Ju tremíamos por todo o lado. Tirei umas luvas da mala, e entreguei uma a Ju. Sei que parecíamos ridículas e que uma luva pouca diferença faz… A Ju tinha as pernas dormentes e queria abrir a mala, mas não podíamos. Os agentes ainda estavam a trabalhar mesmo ali ao lado e ainda por duas vezes o agente Meireles bateu no vidro do carro e perguntou pela mãe da Marta.
- Está mesmo a chegar. Ligou agora! Tem auricular, claro que não ligou a conduzir – tentou desculpar-se. Se a situação não fosse tão dramática até ria, a Marta a desculpar a mãe para salvá-la de uma multa, quando a senhora devia estar a dormir descansada na aldeia a km dali.

Levamos perto de uma hora neste suspense… O casal da frente não perdeu a ocasião e lá ia curtindo para ajudar a passar o tempo. A Ju resmungava, ameaçando sair da mala a qualquer momento e eu imaginava vários cenários, cada um mais negro que o anterior.

A Ju só dizia que quando fossemos embora se um carro batesse por trás nos esmagava o crânio. Bem queríamos sair dali mas se o fizéssemos o rapaz pagava a multa na certa pois os polícias não arredavam pé.
Finalmente a operação terminou e o João conduziu-nos até casa.

O frio e a espera dissiparam qualquer efeito que o álcool pudesse ter tido em nós. O caminho até casa, normalmente dificultado pela parca iluminação pública, foi feito com passos apressados. O vento que soprava era leve mas de um frio cortante. Ajeitamos os casacos ao corpo, pois os tops sensação da noite ofereciam agora pouca protecção para uma noite gelada, fora do calor e do frenesim de corpos suados da discoteca, que já havíamos deixado há muito.

Enfim chegamos a casa, de uma noite inesquecível, mas não pelos melhores motivos.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Agadir- Marrocos: Dicas de Compras



Decidi escrever este post para dar umas dicas muito úteis e conselhos valiosos a quem está a pensar um dia ir a Marrocos, mais propriamente a Agadir. Não vou generalizar, porque certamente que em outras zonas as coisas devem processar-se de maneira diferente.
Ora bem… Evidentemente, este meu post está mais direccionado para compras em Marrocos. Aquelas lembrancinhas que queremos sempre trazer, uma coisinha aqui, outra ali e quando vamos a ver já pedimos a Alá que se compadeça e que não tenhamos excesso de peso na bagagem…

Regra nº 1: Regatear.

Quer gostem quer não, vai ter mesmo que ser. Até porque a maior parte dos marroquinos não diz o preço. Se mostram interesse em alguma coisa o vendedor pergunta quanto está disposto a dar. LOL. Eventualmente, se a pessoa insistir em saber o preço, ele dirá um valor exorbitante que lhe dará vontade de rir e mandá-lo dar uma volta. Mas é mesmo assim. Então aí tem que se dizer um valor que estaria disposto a pagar, mas atenção, aqui é necessário (e digo isto por experiência própria) dizer um valor bem abaixo do que estamos dispostos a dar. Isto porque enquanto ele vai descendo o preço dele nós vamos subindo o nosso. Regra geral o preço deve rondar um terço ou até menos do valor por eles pedido (é, eles são mesmo trafulhas).
Sinceramente, o conselho que dou é comprarem as lembranças no aeroporto. Eu fartei-me de regatear e quando fui a ver no aeroporto tinha tudo a preços acessíveis e sem ter que passar por essa maçada. Sim, porque negociar com um marroquino é uma maçada mesmo! É extenuante!
Acredito que nos centros das cidades, nos grandes mercados e zonas mais pobres não seja assim mas eu estou a falar da zona em que estive.

Regra n.2: Mostrem interesse só se estiverem mesmo interessados.

Ao mostrar interesse em alguma coisa vai ser difícil não comprar, pois eles são mesmo muito melgas e não vos vão largar tão cedo.
Mesmo que achem caro e digam que não querem eles vão insistir até chegarem a acordo.
Eles gostam muito de valorizar o produto que estão a vender chegando a exagerar um bocadinho e subindo o preço. É trabalhado à mão, é prata marroquina (toda a gente sabe que acaba por deixar vestígios verdes na pele), é isto e aquilo, digam que sim, é muito lindo, mas não cedam e mantenham-se firmes no valor que pretendem pagar. Se for um vendedor ambulante (na praia, por exemplo) ele pode ir embora, mas passado um tempo voltará para fechar o negócio… Eh eh. É tudo esquema para subir um pouco o preço…

Regra n.º 3: No aeroporto de Casablanca não comam no “Flying Burger”

São uns trafulhas manhosos do pior. Tiveram a lata de me enganar no preço só porque ia pagar em euros. Eu ia comer um menu que estava marcado com um determinado valor. Para me certificar perguntei se o menu incluía bebida e batata, a moça disse que sim. No final apresenta-me uma conta maluca. Eu questionei o valor e ela atrapalhou-se toda e disse que era assim. Como ela não falava bem inglês, eu não falava bem francês e muito menos árabe e não tinha como fazer queixa deixei ficar assim, rogando-lhe no entanto uma praga e jurando vingança. Nem que seja má publicidade aqui. Lol

Regra n. 4: Não entrem em lojas só para ver

O mais certo é não conseguirem sair de mãos vazias. E não, não pensem que digo isto porque sou uma maluca viciada em compras. Eles são mesmo muito insistentes. E partem do princípio que se entram na loja deles é porque querem comprar algo.

Regra n. 5: Se falarem em inglês com eles sublinhem que são portugueses

Sim, porque acreditem que vai fazer diferença. Eles sobem logo o preço se for uma pessoa inglesa ou alemã. E eu digo isto porque fiz o teste. E um confessou mesmo que se fosse para um alemão era x mas para mim era y…

Haveria certamente mais a dizer mas já estou farta de escrever. Qualquer dúvida, perguntem que eu respondo. Ah, apesar de tudo isto, adorei conhecer Agadir! É maravilhoso, o clima, a comida, a cultura tão diferente… Recomendo!

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Viagem a Marrocos - vocabulário útil...



Se estiverem a pensar ir passar umas férias a Marrocos, deixo aqui vocabulário muito útil:

Português - Árabe Marroquino:

Quero comprar isto - Berrite nashri hada

Faz um preço bom - Dir letaman meziane

Este é o vocabulário essencial e mais importante, o resto logo se vê! :)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eu ajudei, ajude também

Só mais uma coisa amiguinhos, apesar de alguns gastos supérfluos ainda dispensei alguns euros a ajudar quem mais precisa. Façam como eu e por mais pequeno que seja o vosso donativo, junto com tantos outros fará a diferença.

Veja aqui como pode ajudar
As formas de donativo para o Fundo de Emergência da Cruz Vermelha Portuguesa - apelo vítimas do Haiti, são as seguintes:

1. Nas caixas multibanco ou por netbanking, optando por «pagamento de serviços» e marcando entidade 20999 e referência 999 999 999.
2. Efectuando um depósito ou transferência bancária para as contas «CVP - Fundo de Emergência.»
Millennium BCP- Conta: 45307610691 NIB: 0033 0000 4530 7610691 05
CGD- Conta: 0027082402230 NIB:0035 0027 0008 2402230 53
BPI- Conta: 3631911 000 001 NIB:0010 0000 3631 9110001 74
Santander Totta- Conta: 000314691778020 NIB:0018 0003 1469 1778020 27
BES- Conta: 0001 4968 7394 NIB:0007 0000 00149687394 23
C.E.Montepio Geral- Conta: 087100053716 NIB: 0036 0087 99100053716 51
Barclays - Conta: 117201022464 NIB:0032 0117 00201022464 75
BANIF- Conta: 57/629520 NIB: 0038 0057 00629520771 72
BPN- Conta: 026511345-10-001 NIB: 0079 0000 26511345101 76

E não, não é pra mais uma das nossas extravagâncias (que vergonha pensar essas coisas a nosso respeito) podem atestar a veracidade destes nibs aqui

Jess Perdida no Mundo dos Saldos

Ano novo vida nova. Ou talvez não…
Sou uma daquelas pessoas que começa o ano cheia de vontade de mudar, de crescer como pessoa, de fazer a diferença!

Nada como um novo começo e foi com esse pensamento que decidi saldar a minha dívida com o mundo e com a Yves Rocher em particular. Com a emoção do final de ano e o novo catálogo admito que perdi a cabeça e comprei mais do que necessário, mas em compensação fiquei com um novo stock de maquilhagem e as minhas amigas também, pois aproveitei para comprar muitas prendinhas para amigos, conhecidos e algumas just in case, não me fosse esquecer de alguém. Não sei se partilhei convosco ou não, mas em Berlim perdi a minha bolsinha com os essenciais de make-up, com algumas aquisições acabadinhas de fazer, por isso vejo os 200€ em Yves Rocher como um investimento. Mas o que importa é que consegui pagar.

Outra boa notícia foi o telefonema da minha querida gestora de conta da CGD que sugeriu a adesão à Caixa Ordenado! Não é o máximo??? Claro que tenho que controlar os gastos mas já respiro de alívio ao saber que disponho de mais 600€ de plafond. Afinal estou muito solidária com a geração dos 500€, se bem que não é bem o meu caso, mas percebo a injustiça de uma mente inovadora, fashion e super actual, aprisionada a um rendimento pouco superior ao salário mínimo.

Janeiro é também sinónimo de saldos! Finalmente posso comprar aquela mala linda que custa um balúrdio e com -40% os 100€ já não parecem tanto. E claro que um dos votos para o ano novo é ginásio e mais ginásio, para entrar na estação Primavera /Verão com menos um tamanho. Isso obriga a uma paragem quase que obrigatória na SportZone (consegui resistir às grandes marcas). Depois de algumas peças de roupa fitness, um fato de banho, eis que me deparo com uma secção dedicada à roupa de inverno. São blusões lindos, de várias cores, a preços muito convidativos e a maioria em tamanhos de criança. Mas encontrei um. Foi um daqueles dias de sorte. O blusão estava preparado para desportos ao ar livre e para a prática de ski, com protecção para o vento árctico e que permite a transpiração e a manutenção do calor corporal (perdi algum tempo a ler a etiqueta). Era mesmo o que estava a precisar. Claro que nunca fiz ski na vida, mas é um dos meus projectos para 2010. Já me imagino nos Alpes Austríacos a descer a montanha, e mais tarde a beber uma caneca de chocolate quente, enquanto contemplo o por do sol no deck panorâmico. A culpa é da Júlia! lol

Com a moda das Ugg’s ainda consultei o site australiano da marca efiz simulação com os modelos. Não fiz a encomenda, mas estou seriamente a pensar no assunto, afinal é mesmo pele de carneiro e não uma fibra sintética produzida algures na China com trabalho infantil… Acabo por comprar apenas umas botas cinza impermeáveis, que combinam com o casaco de neve e fico logo com um look moderno e desportivo. A roupa de neve é um universo novo e inexplorado e sinto-me como Cristóvão Colombo, num primeiro contacto com a Índia, que afinal não era, mas a ideia é essa. Um mundo de novas opções, de luvas, óculos, cremes com factor de protecção, etc. Mas é melhor deixar o resto das compras para quando comprar a viagem. Claro que os saldos servem para isto mesmo e quando decidir partir rumo ao desconhecido, já tenho quase tudo o que preciso.

Admito que os últimos dias foram muito produtivos, o que explica a minha ausência deste espaço, mas as novas aquisições valeram a pena. Só tenho um pequeno problema, neste momento a minha conta apresenta um saldo negativo de 425€ e o cartão de crédito -270€, mas estou confiante que a minha sorte vai mudar.

Coisas minhas...



É incrível como a euforia, sentimento de posse, de pertença, a alegria de ter algo que tanto desejamos, depressa se transforma em preocupação, desespero, aflição, por não ter como pagar a renda de casa, por exemplo…
Não que eu esteja nessa situação, obviamente…
Claro que nunca compraria material completo de ski estando ainda a aprender e tendo apenas feito uma vez (não sei se posso considerar “ter feito”, visto que passo a maior parte do tempo no chão e tenho medo de andar de teleski assim como de qualquer descida que não seja quase plana).
A verdade é que apenas ia comprar as botas, até por uma questão de higiene… Não porque são brancas com flores rosa bebé e com motivos prateados… skis a um preço fantástico (caro, mas a bom preço comparando com outro material) e ainda por cima a fazer pandam com as botas!!! As empregadas andavam à minha volta maravilhadas, respondendo às minhas questões, solícitas e rindo dos meus comentários verdadeiramente divertidos… Sim, sou uma pessoa muito espirituosa.
Não percebi é porque ficaram espantadas poe eu querer comprar tudo quando ainda não sei esquiar e também não compreenderam muito bem a minha fixação com as botas das flores. Aconselharam-me outras, para iniciantes, mas eram de um branco pálido sem graça nenhuma e não combinavam com os skis. Até deviam ficar contentes porque as que comprei (grau avançado) eram mais caras, logo tinham mais comissão. Mas enfim… Os bastões também foram um problema porque eu queria uns pequeninos e elas insistiam que tinha de fazer um ângulo de 90º… Seja, cedi nesta parte, até porque não havia bastões rosa ou prateados…
Depois entre o restante material: óculos, capacete, luvas, etc, etc, quando dou por mim já ali estou há horas, sem lanchar nem jantar… Ainda tive que ir ajustar as botas aos skis, e sinceramente… Sem qualquer aviso prévio perguntam-me o peso… Disse um valor aproximado e o infeliz:
- Menina, tem que dizer o valor exacto!
E o meu querido a ouvir tudo…
Enfim…
Claro que fiz questão de levar o material no meu colo no carro, tinha medo que se estragasse e assim pude examinar melhor os padrões para fazer conjuntos mentais e combinações de acessórios para usar depois…
Passadas 3 semanas, os skis lá permanecem arrumadinhos, por estrear, e…
Digamos que estou um pouco à rasca, com algumas contas atrasadas e tal, mas…
Não quero falar nisso!!!
A única coisa boa no meio disto tudo é que a Jess não está em melhores lençóis…
Abriu uma conta ordenado que lhe permitia ter saldo negativo até ao valor do ordenado e ela acabou por verificar que era mesmo assim… LOL.
Mas ela que vos conte! Não gosto de falar da desgraça alheia…

Boas compras!

:)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Choque de realidade...




Um destes dias, combinei com uma colega de faculdade e amiga de longa data encontrarmo-nos no Shopping para trocarmos a prenda de Natal, conversarmos um pouco e darmos uma "voltinha"...

Depois de comprarmos umas prendinhas e um telemóvel para cada uma de nós (não sei como ela comprou, visto que é uma forreta do piorio, se bem que comprou o telemóvel mais barato só pra meter o cartão tag. Eu comprei um touchscreen rosa bebé ultra moderno) estávamos a comentar a dificuldade que tive para pagar porque o meu cartão não funcionava, e digo eu:

- O meu cartão é novo e mesmo assim já está todo estragado. Este quadradinho (chip) já está preto e só me mandam um novo p'ro ano!

Ao que a minha colega com ar admirado diz:

- CARALHO! Passas assim tanto o cartão???



(...)



(Silêncio)



(...)



(Constatação de que poderá ser uma realidade...)



- Errr... Uhmmmm... Nunca tinha pensado nisso!!!



PS- Peço desculpa pelo palavreado, mas queria reproduzir fielmente o episódio...

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Feliz Natal ou Frohe Weihnachten!

Tudo começou num impulso. Falei com o meu amigo Lars no Facebook e mais uma vez queixei-me que precisava de férias e de uma mudança de ares. Ele convidou-me a conhecer a sua cidade e eu só tive que convencer a minha amiga Ju a ir junto…

Para aproveitar os feriados de Dezembro eu e a Ju decidimos fazer umas mini-férias em Berlim. E assim, depois de conseguir uma verdadeira pechincha a 3 voos de distância demos início à nossa cruzada europeia. Porquê Berlim? É uma grande metrópole, cheia de glamour, com grande espírito natalício e lojas fantásticas. Alem disso é mais fácil convencer a Ju a embarcar em 3 voos até Berlim do que atravessar o atlântico em 10h de voo até NY.

A viagem foi um óptimo pretexto para realizar umas comprinhas de última hora, afinal nós portugueses não estamos devidamente equipados para o inverno do centro europeu e para as temperaturas negativas. Assim, numa tarde animada passamos o cartão várias vezes e voltamos a casa com imensos sacos de compras. Adoro os acessórios de inverno, luvas, gorros, lenços… é um mundo novo e desconhecido. E os collants? Quem diria que podiam ser tão chiques e confortáveis. Entrei na Woman Secret’s para comprar umas perneiras e saí com uns conjuntinhos com motivos de natal, 3 perneiras e umas pantufas quentinhas :)

O primeiro desafio foi restringir a bagagem a 20k, um drama, se contarmos com o quanto pesam o casacos de inverno e botas, mesmo para uma viagem de 4 dias. Além disso a mala mesmo vazia pesa uns bons 5k, logo, na verdade levamos pouquíssimas coisas. Fomos advertidas para a personalidade pouco receptiva do povo alemão mas não nos deixamos intimidar e levamos uma boa dose de confiança na bagagem.
A viagem começou atribulada logo no check-in. Além de “apitar” da cabeça aos pés (quem vai viajar com tanto metal depois do 11 de Setembro!?) a Ju foi ainda retida por levar um creme para às mãos e uma loção de álcool na bagagem de mão – tem medo da gripe A.
Não resistimos ao serviço de vendas on-air, mas deixamos os perfumes para a viagem de volta, afinal somos muito sensatas. Ainda assim compramos um capuccino da Starbucks e um muffin de chocolate. Ás 15:30 (hora alemã) finalmente chegamos a Berlim depois de uma curta passagem por Frankfurt. Em Lisboa e enquanto aguardávamos o voo aproveitamos para comprar algumas prendinhas de Natal e tirar partido da zona Duty free. No Tie Rack tinham uma promoção fantástica pois na compra de uma echarpe de 69€ (pure cashmere) a segunda ficava com 50% de desconto. O mesmo acontecia com as gravatas. Assim compramos os presentes para os nossos pais (mesmo que o meu se recuse a usar gravata).

O meu amigo Lars, um alemão alto de olhos castanhos, esperava-nos sorridente, dirigi-me até ele e dei-lhe um abraço e um beijinho, só depois me lembrei que os alemães são menos expansivos quando o Lars estendeu a mão para a Ju (gaffe nº1).
-wie geht’s?
-gut und dir?
-Sehr gut - (estou quase a esgotar o meu alemão).
-Sprechen Sie Deutsch? – pergunta o Lars à Ju.
-Ja natürlich - responde. Claro que ela está a brincar, ultimamente costumávamos ter este diálogo para treinar umas frases úteis. Tirando isso os nossos conhecimentos de alemão são nulos.
-Gut. bereits wissen, Berlin?
-No, I mean Yes! I don’t really speak German – explicou - o Lars não insistiu e o resto da conversa foi em inglês.

Berlim é uma cidade vibrante e em Dezembro vive-se o verdadeiro espírito natalício. Dezenas de mercados típicos de Natal ocupam as principais praças da cidade e o cheiro a vinho quente e salsicha alemã acompanham-nos pelas barraquinhas. Às 4h já é noite, mas com as luzinhas e outros adereços natalícios nem damos conta e bebemos mais um copo de vinho quente.
A Ju aprendeu outra frase “drei Glühwein bitte” que é como quem diz "três vinhos quentes por favor".
Dia 1, e tirando as compras no aeroporto ainda mal gastamos, pois o Lars fez questão de pagar o jantar num encantador restaurante italiano (lembra-vos alguma coisa!?). No dia seguinte promete levar-nos a conhecer a cidade. Estamos super cansadas quanto voltamos ao hotel e mal queremos acreditar quando percebemos que passa pouco das 22h (podia jurar que já era madrugada).


Dia 2- City tour ou como se diz em alemão Stadt-Tour (ou algo muito semelhante). O Lars foi incansável contextualizando cada edifício. Percorremos a Under den Linden, a principal avenida de Berlim leste, com paragem obrigatória no Reichstag, Checkpoint Charlie, portas de Brandemburgo e no que restou do muro de Berlim. Estavamos chiquíssimas com os nossos sobretudos e luvas a combinar, mas nem as melhores botas ajudam depois do que andamos e foi com grande satisfação que entramos num centro comercial junto ao Sony Center. Finalmente a sensação de casa, de pertença, o calor do AC, o brilho das luzes, o colorido das vitrines… Mas o Lars tinha outros planos e encaminhou-nos directamente para uma galeria de arte. Eu e a Ju trocamos olhares cúmplices que diriam algo do género “presta bem atenção ao percurso que amanhã regressamos cá!”. Pelo menos bebemos mais Glühwein a caminho do hotel.

Dia 3- Dia reservado à cultura – Como estava a chover era o dia ideal para visitar museus e em Berlim para isso só é preciso ir até à Museums Insel. Mas depois de vermos as primeiras filas enormes à porta do museu egípcio percebemos que provavelmente visitar museus no domingo não terá sido a nossa ideia mais brilhante (ao contrário dos portugueses, em geral os alemães são um povo culto que adora visitar galerias de arte e museus).
-Deixamos os museus para o último dia – sugere a Ju.
-Ok, também estou sem paciência para ficar tanto tempo na fila, alem disso ouvi alguém falar que hoje já só conseguimos bilhetes on-line. Que vamos fazer?

-Para começar vamos espreitar aquelas barraquinhas – e fomos mesmo. Under de Linden é a avenida mais movimentada de Berlim e ao Domingo vários artesãos expõem os seus trabalhos pela rua.
Comprei logo uma agenda de 2010 (em alemão) a uma rapariga que tinha acabado de chegar, era linda e forrada a tecido, muito clássica e feminina, vou fazer sucesso nas reuniões da empresa e só custou 20€. E o facto de estar em alemão é uma óptima vantagem para aprender os dias da semana. Outra coisa que notamos é que aqui não costumam usar sacos e a moça alemã faz-me um belo embrulho artesanal com cartão e fita vermelha.
-Olha que giro! – A Ju está a comprar uns cartões a 3D para colar não sei onde, mas são super amorosos. Mais à frente compramos uns postais.
-Jess quanto dinheiro já gastaste? - a verdade é que prefiro nem pensar, mas dos 200€ que trazia na carteira nem sombra. Para complicar (ou salvar-me da miséria certa) não existem MB dentro dos centros comerciais, mas só em algumas zonas específicas da cidade e tinha deixado o Mastercard na outra carteira. O Visa Electron de pouco serviu e as minhas compras terminaram mais cedo, mas a Ju aproveitou para comprar um vestido para o reveillon e mais umas t-shirts super mega lindas com motivos de Natal e cheias de brilhos.

Último dia e finalmente visitamos os afamados museus de Berlim e outro não tão afamado mas muito divertido. Falo é claro do Madame Tussaud, e lógico que a Ju tirou uma foto bem agarradinha ao Robbie Williams, como o Brad Pit estava atrelado à Angelina (Baaahh) tive que me contentar com uma foto apaixonada com o George Clooney. Foi divertidíssimo! No Pergamon fomos levadas até à Grécia, Síria e Babilónia antiga com os templos em tamanho real. Por pouco não conseguíamos entrar no Museu Egípcio (os bilhetes temporais são uma invenção inteligente mas nós portugueses não somos conhecidos por cumprir horários) e vimos o famoso busto de Nefertiti, mas já estávamos tão cansadas que tudo parecia igual e poeirento, salvo algumas exposições de jóias e bijutaria da antiguidade.

Voltamos à azáfama da capital e descobrimos o “Galeria Kaufhof” em Alexanderplatz a versão Berlinense do “El Corte Ingles” ou melhor da “Macy’s”. 35.000m2 de compras... O paraíso existe!
Logo à entrada encontrei um quebra-nozes por menos de metade do preço daquele que comprei nos mercados de rua, mas facilmente esqueci este incidente, afinal hoje tinha o meu amigo Mastercard e o Visa! Compramos imensas coisas (incluindo Victoria’s Secrets) pois é impossível resistir ao charme daquele espaço tão bem organizado e convidativo. No final tivemos mesmo que comprar uma bolsa de treino para colocar as compras como bagagem de mão ou não teríamos espaço. Na secção desportiva (à procura da bolsa) descobrimos uma área reservada aos desportos de inverno e como andamos a planear umas férias na neve há séculos aproveitamos para comprar umas calças térmicas, as minhas bege e as da Ju rosa claro, gorros, botas e mais acessórios para a neve. Foi um momento de felicidade plena. Experimentamos as roupas e isto tudo enquanto éramos assistidas pelo empregado mais lindo que alguma vez vi, parecia um deus ariano, e quem disse que os alemães são homens frios…

Enfim terminamos em grande, sem subsídio de Natal e basicamente só com o dinheiro suficiente para pagar a renda, mas cheias de espírito natalício.
p.s- Glühwein bitte! LOL

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Moda, casamento e vida moderna

Ser uma mulher moderna, cosmopolita, inteligente e independente! É esta a nossa ambição! Tudo seria perfeito, não fosse um pequeno mas fundamental pormenor, o dinheiro…

Não será esta a aspiração de todas aquelas que ambicionam uma carreira ao invés de um casamento tradicional, de vestido branco e bouquet de flor de laranjeira?
Não é que não pense no assunto, adorava uma festa maravilhosa com um tema, como no casamento da Victoria e do David Beckam, era o máximo! Mas a verdade é que gosto de pensar que posso vingar na vida por conta própria.

O casamento pode, por si só, ser o expoente máximo do consumismo. Afinal, vamos lá fazer contas:
Só com a festa e vestido uma pequena ou grande fortuna, mais a tradicional lua-de-mel, outra pequena ou grande fortuna. "Quem casa quer casa", já dizia a minha avó e com isto acrescentamos mais uns milhares à conta. Mudar de carro e arranjar um bom carro, tipo van, preparado para os filhos que virão e para passear os sogros. Por falar em sogros, dividir os almoços de domingo pelas famílias, fazer IRS conjunto, contratar empregada (detesto passar a ferro), etc., etc., etc. Já nem sei o que dá mais trabalho, mas tenho a certeza que a vida a dois sai mais cara. O problema é que quando percebemos isso já é tarde demais.

Voltando as vida das solteiras cosmopolitas, menos problemas domésticos é certo, mas o estatuto implica também um grande jogo de cintura para fazer face àquelas despesas indispensáveis que enfrentamos no dia-a-dia.

É um mundo cruel meus amigos! Coitada da mulher solteira que tenham o infortúnio de engordar 3 quilos (pior só mesmo as reuniões familiares com tias casamenteiras). Mulher com mais de 25 anos solteira, não importa o quanto seja bem sucedida, será sempre motivo de pena em reuniões familiares e nem mesmo as amigas são solidárias. Solução: fazer mil e uma dietas, muito exercício e não descuidar da maquilhagem jamais (ler com sotaque francês, ao estilo de José Castelo Branco)!

E com o Natal é ainda pior :( O convite ao consumismo está por todo o lado, é uma guerra com várias frentes, é televisão, revistas, programas de rádio, lojas de montras vistosas e convidativas. É impossível resistir, mesmo que já tenha um perfume novo, entro na Douglas e voilá, saio com um saco vistoso, com um laço bonito e sinto-me feliz por momentos. Dou 3 passos… e começa o peso na consciência e a euforia ameniza. Aos poucos a realidade assustadora toma conta de mim e arrependo-me do meu impulso. Nestes momentos temos duas opções: correr para o estacionamento (é o mais seguro, fugir da tentação), tomar um café e relaxar com as amigas ou continuar a passear pelas lojas e tentar ser forte mas respeitar a vontade do corpo e do espírito se encontrar uma oportunidade daquelas… irresistíveis.

A culpa é de Karl Marx e do capitalismo! Da ditadura da moda, do frenesim da vida moderna, da sociedade da informação e da minha falta de crédito!

Assim, estar solteira é uma questão de recuperação económica, de investimento pessoal e um dia, quem sabe, serei uma noiva topo de gama (com peónias importadas e anel da Tiffany's) e não uma coitada que juntou os trapinhos com a cara-metade, ou não fosse eu uma mulher chique! Lol

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Jantar amargo...



Ser boa samaritana não compensa e dá muito mau resultado...

Ontem, quando cheguei a casa depois de mais um dia de trabalho, mal acabo de abrir a porta vejo a Jéssica com um sorriso de orelha a orelha a oferecer-se para me tirar o casaco, a perguntar como correu o dia, etc... Achei muito estranho não estar deitada no sofá como costume a ver a novela das 7h ou o Esquadrão da Moda no People and Arts, mas ok... Talvez estivesse numa de dar valor à fantástica amiga que sou...
Quando me diz:
- Estás tão bonita! Essas calças ficam-te mesmo bem! - enquanto me segue até ao quarto, sento-me e digo:
- Ok, Jess, diz lá o que queres...
Meio embaraçada, insistindo que as calças me ficam mesmo bem lá começa a contar que esteve a falar imenso tempo com o Gustavo, que ele é super querido para além de giro e simpático e que a tinha convidado para sair nessa noite. A um restaurante muito in (e muito caro). Até aqui tudo bem. Digo-lhe que faz muito bem ir, que se divirta. Mas ela senta-se ao meu lado, pega-me na mão e fica a olhar para mim.
- Que foi, Jess? Queres que te empreste alguma coisa? Na boa, podes ver no...
- Ju, tens que vir comigo!
- Ah??? Por alma de quem?
- Ju, por favor! Ele vai levar também um amigo, já combinamos tudo...
- Como??? Combinaram tudo sem me consultar? Desculpa Jess, não estou para aturar cromos, além do mais esse restaurante é caríssimo, eu não tenho dinheiro e tanto quanto sei, tu também não!
- Oh Ju, certamente que ele vai pagar a conta!
Ai meu Deus, esta rapariga não muda. Ela bem sabe que eu detesto sair de casa de mãos a abanar. Mesmo que saiba à partida que os "cavalheiros" tomarão conta da despesa, não me sinto bem. E na maior parte das vezes insisto em pagar a minha parte.
- Ju, por favor!!! Isto é muito importante para mim! Também fui contigo quando foste conhecer aquele cromo da net, e lembras-te daquela vez...
- Pronto, pronto, ok, eu vou! Mas temos que ver como fazer em relação ao dinheiro. Tu quanto tens?
- Uhmmm, talvez uns 10 € na conta da Caixa e 5 na do Banif. Só se transferir esses 5 para a conta da caixa e dá para levantar 15. Isto se a máquina tiver notas de 5...
- Jess, a esta hora o dinheiro já não fica disponível. Tens 10 € então, não é? Isso é muito pouco. Só deve dar para uma salada sem bebida! Podíamos ir ver à net se o restaurante tem site com os preços da comida e assim já fazíamos uma estimativa do que podemos comer...
- Ok, boa ideia!
Vamos para o computador e de facto o restaurante tem página na internet mas não diz qualquer valor.
- Bem, Jess, para não dizer é porque não deve ser pouco! Eu tenho 12 € comigo, só se partir o mealheiro... E quando for para pagar digo que tinha estas moedas e quero aproveitar para trocá-las que estão a fazer peso na carteira...
- Eu também tenho aquelas moedas de 2€ dos países da UE. Posso levá-las só pelo sim pelo não...
- Jess! É a tua colecção!
- Não faz mal, não é para gastar, é só para estarmos mais tranquilas...

Dinheiro que juntamos:
36€ - moedas de 2€ de cada país aderente ao Euro;
5€ - moedas de 1€ comemorativas;
9,57€ - mealheiro da Ju (em moedas de 50, 20 e muitas de 10, 5 e 2 cêntimos)
12€ - todo o dinheiro da Ju (sem contar com o mealheiro)
10€ - da conta da CGD (com a caderneta – a Jess ainda não recebeu o cartão :/)

Bónus:
11€ - boletim do Euromilhões mais Joker da sociedade do escritório da Jess que ela ficou de registar.

Dinheiro contado, tínhamos um total de 83,57€. Ou melhor, 86,59€ depois da Jess encontrar uns trocos perdidos na mala.
Nada mau. Mas 36€ eram das moedas da colecção da Jess, que só deveríamos gastar em caso de vida ou morte. Só as levávamos para dizer que tínhamos dinheiro... De modo algum estávamos a pensar utilizá-las, quanto muito podíamos pagar um copo depois do jantar para criar clima.
Depois da confusão com o dinheiro, não tivemos muito tempo para nos arranjar. As unhas com efeitos ficam para um segundo encontro. Claro que o resultado final ficou bem composto, a Jess com umas skinny jeans e umas botas altas castanhas, adoptou o look casual chic com notas étnicas (adora brincos vistosos) e eu fiquei super elegante com os meus botins novos com mala a combinar, um vestido lindo e uns collants. Enfim, depois da maquilhagem feita à pressa demos um último olhar ao espelho e descemos satisfeitas, só com 5min de atraso, para encontrar os rapazes. Feitas as apresentações, o amigo cromo, não era assim tão cromo o que foi uma agradável surpresa.
Pouco depois fomos sentados, numa mesa junto à janela que dava para o rio. Não é à toa que este restaurante goza de tão boa reputação, pois é minimalista e extremamente sofisticado (esqueci de mencionar caro).
A conversa fluiu com descontracção e em tom animado com a Jessica a não perder oportunidade de jogar charme, como dizem os brasileiros, mas o Gustavo não parecia nada incomodado com a atenção. O empregado, só sorrisos, veio deixar os menus. Folheei as páginas e troquei olhares assustados com a minha amiga, definitivamente este restaurante era caro!
-Então já cá tinham estado? – Perguntou o Júlio (o amigo cromo)
-Oh sim, muitas vezes, adoramos vir cá – respondi com prontidão, afinal não era bem a primeira vez que lá íamos, teve aquela vez com o… bem, é melhor não entrar por aí.
- É bonito, não conhecia. Pelo que ouvi dizer vale cada cêntimo que cobra.

O jantar é agradável. Pedimos um Martini de aperitivo e uma entrada típica italiana e claro pão de alho. Depois acompanhamos o jantar com um delicioso Lambrusco e deliciamo-nos com as pastas caseiras e coloridas. Devíamos jantar sempre em restaurantes assim, aliás adoro o requinte deste espaço. O empregado é atento e enche o copo sempre que necessário e sem darmos por isso já vamos na segunda garrafa.
A Jéssica está nas nuvens com o seu Gustavo, que é divertido e interessante, e confesso que estou a adorar a noite.
No final, enquanto saboreio o meu Cioccolato Fondente e a Jess se delicia com um Semifreddo, conversamos sobre cinema e fazemos planos para um novo encontro.
-Lógico que nós insistimos em pagar a nossa parte – diz a Jess com voz sedutora e convicta, se eu não a conhecesse melhor acreditava. Só diz isso para não parecer mal, pois o que é mais do que lógico é que contamos que como os cavalheiros que são recusem a nossa gentil oferta e assumam esse encargo. Esperamos ouvir um “Não! Nem pensar, eu insisto, afinal tivemos a prazer da vossa companhia…” mas para nossa surpresa eles dizem:
-Bem, nós sabemos que uma mulher moderna não deve ser contrariada, por isso nem vou discutir. Fazemos como dizem e dividimos – responde o Gustavo com um sorriso.
A Jéssica ficou pálida mas manteve a compostura, eu nem sei, mas bebi o vinho que ainda tinha no copo de golada.
O talão apresentava um assustador valor de 172,40€ !!!
-Divide por 4 Gustavo e não se fala mais nisso – acrescentou o Júlio, bem-disposto.
Rapidamente tentei fazer os cálculos mentais, mas perdi-me nos números e não queria estar a tirar o telemóvel para fazer a soma. A Jess olhava-me com horror e culpa, quis esganá-la, mas coitada, estávamos no mesmo barco. Afinal quanto é 172,40€ a dividir por 4???
-Nesse caso fica 43,10€ a cada – responde o Gustavo, como se lesse os meus pensamentos – até ficou bem em conta! – Constata satisfeito.
Em conta! Meus Deus! Lá se foram as nossas economias!
-Dá-me só um instante para ir até ao WC – diz a Jess – Júlia vens comigo?
-Claro - respondo agarrando a mala.
Entramos na casa de banho e começo a hiperventilar.
-Eu sabia que devia ter ficado em casa!
-Amiga desculpa, desculpa mesmo – a Jess também está nervosa – não podia imaginar, afinal nós sempre fizemos isto!
- Sim eu sei – lamento.
-Temos dinheiro suficiente?
-Não sei, espero bem que sim – respondo tirando o telemóvel
43,10*2= 86,2
-Quanto é que tínhamos?
-84 – responde com um lamurio.
Agora sim começo a passar mal.
- Não espera, afinal tínhamos 86,59€ com aqueles trocos que encontrei!
Respiramos as duas de alívio, pelo menos temos o suficiente, mas como evitar a humilhação de pagar em trocos? E não ouvir comentários do género “assaltaram a caixa de esmolas da igreja?”
- Podemos ir já pagar, saímos daqui e vamos logo até ao balcão. Sem que eles reparem.
-Sim, ok. Eles ainda estão a terminar os digestivos, não devem reparar – concorda a Jess mais animada.
No Balcão pedimos para falar com o empregado que nos atendeu.
-Olhe, nós queremos pagar metade a conta. Só metade!
-Com certeza, como será feito o pagamento?
-Em dinheiro – digo, tirando a carteira.
-Nesse caso são 86,20€
Começo a tirar o dinheiro e a contar as notas e depois os trocos. A Jess nem ousa interromper-me, mas posso ouvir quando explica ao empregado com um risinho nervoso.
-Vocês estão sempre a precisar de trocos, certo?
Farta de contas, coloco o dinheiro todo no balcão.
-Penso que está tudo.
Ele fica ligeiramente arregalado, mas começa a verificar. Olho de esgueira para a nossa mesa onde o Gustavo e Júlio continuam em amena cavaqueira. Eu e a Jess trocamos olhares ansiosos enquanto o empregado separa as moedas pelo seu valor em montinhos.
-Minha senhora – assusto-me com a sua voz – tem 39 cêntimos a mais.
- Pode deixar ficar assim – responde a Jess com um sorriso e puxa-me pelo braço, rumo à mesa.
-Foi por pouco – diz baixinho.
-Bem, vocês demoraram – queixa-se o Júlio.
-Ah, aproveitamos e já pagamos a nossa parte.
-A sério!? Que rápidas. Estava aqui a dizer ao Júlio que tipo de cavalheiros seríamos se não pagássemos a conta. Mas nesse caso fica para uma próxima - concluiu simpático.
O meu sorriso simpático morreu-me nos lábios. Nem consegui disfarçar e não foi difícil convencê-los que estava indisposta e que tínhamos que recusar o convite para uma bebida…
Pelo menos a pasta estava óptima…

P.S- O boletim do Euromilhões estava premiado com o 11º prémio, que a Jess vai ter que pagar do próprio bolso. Mais 10,92€ a juntar à verdadeira ruína que foi aquela noite. Pelo menos não foi um prémio maior…

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Money, money, money...

Depois de muito pensar, cheguei à conclusão que não posso gastar tanto dinheiro. Ou então, como dizia o pai da minha querida Becky, ganhar mais dinheiro. Eu estou a tentar, juro! Estou a meio de um processo de selecção de um trabalho que posso fazer em casa. Mas é muito exigente e ainda não sei a resposta... Ir pra uma loja ao fim de semana ou à noite é uma ideia que não me seduz. Não que tenha algo contra quem o faça, pelo contrário, mas assim perdia todo o meu tempo livre... Eu sei, que ao lerem isto podem pensar " Fogo, precisa de dinheiro e ainda se dá ao luxo de fazer exigências". Sim, é verdade, mas na minha perspectiva são apenas prioridades.
Eu bem leio publicidade na Internet, estou inscrita em quase todos os sites do género, mas sem muitos referidos, o dinheiro custa a chegar. (já agora, se quiserem ser meus referidos cliquem aqui).
Enfim, não é fácil. Ele não cai do Céu, infelizmente... Se bem que um sr. muito velhinho quase a morrer podia lembrar-se de atirar a sua fortuna em notas de 100 pela janela. (Acho que já vi isso num filme) e eu por acaso ir a passar na rua nesse momento...
Claro que posso sempre não gastar tanto e acreditem que eu tento, mas se entro numa loja (só pra ver, claro) e me apaixono por alguma coisa, é o meu fim. Se não compro não tenho mais descanso...
Bem, vou parar com as minhas lamúrias que o fim-de-semana está à porta e também é dia de Euromilhões... Nunca se sabe!
Beijinhos.

* Ju (pobre)*

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Estou triste!

Hoje devia ser um dia feliz… Devia, mas não é!

Finalmente terei as minhas botas pretas, isso não é mau, mas hoje na minha pausa para o café aconteceu algo verdadeiramente horrível. Palavras nunca serão suficientes para descrever o horror, o desalento e todo o infortúnio que se abateu sobre mim.
Senti que Deus me abandonou. Afinal que fiz eu para merecer algo assim? Bem, o melhor é ir directa ao assunto.
Aconteceu-me uma coisa tão horrível que até fiquei com dores de cabeça e no corpo. E pergunto, será possível apanhar gripe A com uma desilusão?

Lembram-se quando a Ju encontrou uma camisola fantástica por mero acaso? Pois é, encontrei a camisola mágica, hoje quando fui ao banco. Estava na montra da única loja decente que há aqui perto do escritório. Era linda! Simplesmente perfeita. Verde escura e com pedras na gola. Sofisticada, super chique... Pensei logo usar amanhã na entrevista (ando a tentar expandir o meu universo profissional) com as botas novas e quem sabe no jantar super chique de Natal que a minha empresa costuma organizar. A loja só abria as 15h e ainda eram 14:40h, então levantei dinheiro e fui tomar café. Quando o sino da igreja tocou a assinalar as 15h quase corri para loja e
em 2 min estava lá.
Olhei do outro lado da rua e é agora que a história fica mesmo horrível! A dona estava a mexer na montra. Temi o pior! Entrei apressada, pronta a invadir a montra e agarrar a minha camisola, mas já era tarde! A camisola não estava lá! Olhei para o espaço vazio e para os balcões com uma réstia de esperança – podiam estar a mudar os artigos de lugar. Mas não… Olhei para a caixa ainda a tempo de ver uma pindérica a comprar a minha camisola!!! Uma parola horrível que nem deve ter onde usar uma camisola como aquela! E só havia essa? SIM!!! Era única, com uma versão em castanho e outra em preto… mas eu queria a verde! Fiquei desolada, só de relembrar o episódio sinto uma dor aguda no peito. Preta ou castanha não é a mesma coisa!

Estou tão triste. Fiquei tão desiludida! Não é justo, acho que nem consegui trabalhar direito o resto da tarde… Dói-me a cabeça. Eu merecia a minha camisola mágica.
É com esta moral e sem o que vestir que tenho que me preparar para a entrevista de emprego… Estará o cosmos a conspirar contra mim!? Só pode! Para quê criar falsas expectativas para depois… Eu não mereço!

Com pesar me despeço com um até breve.

*Jess

Os meus óculos novos...

BOM DIA!!!!!

Hoje estreei os meus óculos novos. Após uma difícil escolha entre os vários modelitos, lá me decidi (ainda não tenho a certeza de ter tomado a decisão certa) e comprei uns da Moschino. Eu já tinha uns da Gucci, muito giros até.
Mas achei que sendo pretos e de massa escondiam muito a minha cara. Na verdade, acabei por comprar uns azuis escuros de massa, mas... Não quero pensar mais nisso!!! A verdade é que já estava tão farta de estar na loja, tão
saturada de experimentar óculos que cheguei a um ponto em que parecia que todos me ficavam iguais! A minha irmã farta de me aturar também disse:
-Levas aqueles! Sr, faça o favor de arrumar os outros todos!
Sim, já tinha uma pilha muito considerável de óculos na bancada e quantos mais experimentava mais indecisa ficava... Quando descobri que uns dos preferidos eram exclusivos,(sim, exclusivos!) confesso que a tentação de os ter foi grande mas nem eram os que gostava mais. Assim, fui sensata e deixei esses caprichos de parte e comprei os que a minha irmã "ordenou". Isto já foi há duas semanas. Se fosse hoje, tendo em conta as minhas decisões recentes, talvez agisse de maneira diferente. Afinal, um bom investimento é um bom investimento! E ter a certeza que os óculos que tenho na cara são únicos em todo o mundo é sem dúvida motivo de grande orgulho!
De qualquer forma, exclusivos ou não, o certo é que foi mais um arrombo nas minhas parcas finanças, mas... melhores dias virão!!!

*Ju*

terça-feira, 10 de novembro de 2009

As minhas botas pretas

Estou muito feliz :)
Ontem resisti ao impluso consumista e não gastei 100€ em cosméticos.
Estava a fazer uma encomenda na Yves Rocher, comecei por vender alguns produtos às minhas tias, tipo cremes para as rugas e hidratantes (nunca são demais) nos meus tempos de faculdade, mas a verdade é que sou e sempre serei a minha melhor cliente e fico sempre muito empolgada quando recebo o novo catálogo.

Mas 100€ em cosméticos parece um pouco exagerado em época de crise e foi com este pensamento que com algum esforço reduzi para 75€ em produtos. Claro que tive que abdicar de um leite para o corpo de coco e de uma palete de sombras, mas a verdade é que nem gosto assim tanto do cheiro a coco - é um pouco doce demais e algo enjoativo.


As notícias boas não ficam por aqui! Ao chegar a casa deparei-me com o aviso de recepção da minha encomenda na La Redoute. Para que percebam a verdadeira importância desta mais recente aquisição, lembro que encontrei as botas pretas perfeitas para este inverno!
São mesmo lindas! Fiz a encomenda há um par de semanas e não resisti a acrescentar um casaco tipo sobretudo de detective ao carrinho de compras. Tudo seria perfeito, mas quando finalmente chegou… e as botas!?... Nem vê-las! Só uma breve referência na factura: reposição de artigo. Mais tarde, com muita felicidade minha recebo o aviso da expiação da botas na minha caixa e e-mail, mas o certo é que nunca chegaram :S Arrrh! Detesto os serviços do correio, recebo novo e-mail a notificar a devolução das botas! Enfim fiquei triste e resolvi consultar novamente o catálogo online e lá estavam elas! As minhas botas! Não perdi tempo e enquanto decidia se havia também de mandar vir o mesmo modelo na cor ruivo, acrescento uns sapatos castanhos de salto alto (não tenho nenhuns do género e sapatos de trabalho são essenciais) e umas leggins cor ameixa.

Voltando ao presente o aviso finalmente chegou! Não é o máximo!? Amanhã vou levantar e terei um Inverno cheio de estilo e glamour :)

Mais boas notícias: depois de esperar quase 15 min consegui levantar dinheiro com a caderneta - a última actualização era de Fevereiro de 2008, mas acho mesmo uma maçada! Se quero ser lembrada dos meus gastos, posso consultar o serviço online de gestão de conta, ou abrir a correspondência do banco!

Enfim, agora decidi que preciso mesmo de um novo cartão de crédito. Nem sei como sobrevivi tanto tempo sem um. É simplesmente vital ao meu bem-estar. Dava cá um jeitão para pagar os 120€ da La Redoute.
Mas é melhor não pensar nisso agora...

Beijinhos* Jess

Fui enganada!!!

Estou muito chateada, para não dizer coisas piores...
Fui enganada!!!
A semana passada pensava eu que tinha feito o negócio da China, ao comprar 2 pares de botas super baratas e giras (ainda bem que não comprei 4 pares como por momentos me ocorreu) e afinal encontro hoje umas iguaizinhas a metade do preço!!! Fiquei pior que estragada! Não se goza assim com a cara de uma pessoa! Ainda por cima as 2 lojas são na mesma rua!!! Enfim...
Agora tenho a certeza que a decisão que tomei de manhã foi muito sensata.
As coisas de marca não sofrem mudanças tão bruscas de preço e por isso, agora, é a elas que aspiro.

® Ju ®

Decisão do dia

Acabei de tomar uma decisão muito importante. A partir de agora só compro roupa que goste mesmo e que me fique bem, que me favoreça, mesmo que seja cara. O importante é ter o guarda fatos com roupa que eu realmente vista e goste e não atafulhado, a rebentar pelas costuras e sempre que tenho alguma ocasião especial a frase é a mesma "não tenho nada que vestir". Por isso, daqui em diante (e Deus me ajude), nada de comprar pechinchas só porque foram um bom negócio, o que interessa é comprar roupa que seja boa, bonita e que dure muito tempo (não, não tou a arranjar pretextos por ter pago balúrdios pela camisola mágica). A minha carteira da Tous é um bom exemplo. Foi um bom investimento. E por hoje é tudo. Vou interiorizar o que escrevi para não voltar a cometer os mesmos erros. Boas compras de qualidade!
Ju*

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Sonhar não paga imposto...

Pobre Júlia :(

Até ajudava a minha querida amiga mas infelizmente não fui bafejada pelos anjos da sorte e o prémio do Euromilhões ficou pelo Reino Unido. Considerei registar o próximo boletim em terras de sua majestade mas continuo sem cartão… Acho que só não sou contemplada pelo pessimismo generalista do povo português que mina o meu campo astral e desalinha o meu Yin e Yang. Nota a mim mesma: marcar uma sessão de alinhamento de chacras e outra de Reiki.

Ontem continuei restringida a uns míseros euros, claro que terei que apelar à intervenção divina dos meus pais, senão é impossível sobreviver até ao final do mês (já ando a chá e sopa há algumas semanas).

O que salvou o fim-de-semana foi mesmo o DVD ao final da tarde. Vimos o “The Holiday” ou na versão portuguesa “O Amor não tira férias”, para mim foi uma estreia, já andava há imenso tempo para ver, para a Júlia nem tanto, mas como boa amiga não se importou de rever.
Adorei! Pela primeira vez até acho alguma piada ao Jude Law. Se existe algum pai solteiro, bem-parecido, inteligente e com sotaque britânico, por favor deixe o contacto no final do post. A ideia de viver por alguns dias a vida de outra pessoa parece-me muito atractiva, já me imagino numa super mansão em L.A. (só seria um pouco mais complicado encontrar o pai solteiro, bem-parecido e britânico).

O balanço do fim-de-semana até não foi muito mau, perdi 1k, na sexta e no sábado presenteei-me com uma merecida bebida, fumei alguns cigarros (estou a tentar deixar o vício até Dezembro) e socializei. Não encontrei ninguém interessante e descobri que o meu futuro candidato pelos vistos namora com uma loura alta e magra. O mundo não é mesmo um lugar justo.

Já ando a pensar no Natal (quem não anda) e tenho mesmo que passar pelo IKEA e comprar umas coisinhas - que graça tem sempre a mesma árvore? Tenho que planear o menu para os jantares com os amigos e a decoração da mesa. Vi uns individuais fantásticos que ficavam mesmo a matar com o conjunto de copos que há na Casa - tenho que investigar as colecções de Natal antes que os melhores artigos desapareçam.

Enfim, segunda-feira tenho muito que fazer, a pouca vontade do costume e a crise económica de sempre…

Aceito donativos!!!

Estou muito triste, muito deprimida e muito POBRE!!! Aliás, a pobreza é precisamente o motivo da minha angústia. Excedi-me este fim de semana. É complicado perceber como isto acontece. Ultimamente até me estava a controlar bem, a não gastar todo o dinheiro que tenho logo no início do mês, mas este Sábado, algo se apoderou de mim e levou-me a estender o cartão de crédito muitas mais vezes do que devia. Ainda por cima tudo me ficava bem!!! Incrível! Encontrei aquilo a que se pode chamar de "camisola mágica". SIM! Fica-me mesmo bem! Pareço magra, com estilo, sofisticada. É demais! Foi um bocado cara, posso dizer um exagero até. Mas caramba, ia deixá-la ficar? Sei que me ia arrepender. Afinal, no evento do próximo fim-de-semana tenho de estar deslumbrante! E se não a comprasse sei que me ia arrepender até ao fim dos meus dias. Quando sentisse que não tinha algo chique pra vestir pensaria "Comprasses a camisola!". Quando estivesse em qualquer evento a sentir-me um pouco mal no meu vestuário,pensaria "comprasses a camisola!" Além do mais, ia dar ao mesmo se não a comprasse por ser cara e depois comprasse 3 ou 4 coisas mais baratas mas que não gostava tanto. É o que ás vezes faço. Acabo por gastar o mesmo dinheiro e não fico satisfeita. Por isso pensando bem, fiz muito bem em comprar a camisola!!! Foi um investimento. Foi mais cara do que deveria ser mas assim tenho uma camisola para a vida! Estou a imaginar-me com 90 anos a beber um chá com a minha Jess e vejo-me com a camisola vestida. Linda como hoje! Ai, já me sinto melhor. Foi uma boa compra.
Nessa mesma loja da camisola, vi um casaco muito lindo, mas pensei. Não me há-de ficar bem... Mas decidi experimentar na mesma... Afinal, não custa nada... E ficou-me tão bem!!! Era um crime deixá-lo ficar!!!Empolgadíssima, comprei também uma lingerie, um fio e brincos pra fazer pandam, mais uns cremezinhos, uns produtos pro cabelo, um verniz e só faltavam os sapatos maravilha mas que infelizmente não encontrei... De repente, vejo que estou no Shopping há mais de 3 horas e tinha combinado almoçar com a Jess... Percebo também que comprei tudo menos as prendas de aniversário, o motivo da minha deslocação. Penso um pouco e decido apenas comprar os ingredientes para o almoço e regresso ao shopping à tarde.Entretanto compro uma prendinha à Jess pra me perdoar o atraso e levo uns cappuccinos e chocolate pra nos deliciarmos enquanto vemos um filme. Tudo isto é muito lindo, não fosse eu hoje ver o meu saldo bancário. Só não morri porque não calhou. Posso dizer que ando a chá e sopa, não sei durante quanto tempo, pois a fome é muita (está quase na hora de almoço). Não sei como vou pagar a renda de casa nem como vou sobreviver ao final do mes... Sim, pelo menos tenho umas coisas novas e lindas. Posso vesti-las e expôr-me na rua a ver se alguem decide patrocinar desfiles de moda ao ar livre... Bem, não quero pensar mais nisto. Se quiserem fazer um donativo, eu aceito... É só pedir o NIB...

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Como sobreviver ao fim-de-semana sem cartão?

Aconteceu uma coisa horrível!

O meu cartão MB desmagnetizou! Claro que conheço os avisos, mas numa mala de mulher é impossível o telemóvel não conviver com todos os outros objectos essenciais, incluindo a carteira. E para tornar as coisas piores, a caderneta já conheceu melhores dias, não é actualizada há séculos e já sei que terei que ficar uma eternidade a espera antes de poder levantar alguns euros. Pior, com o carro na reversa, tive mesmo que dispensar algum dinheiro para abastecer.

E agora começo o fim-de-semana com a carteira muito leve. Os cartões das outras contas, também servem de pouco, não tenho saldo e descobri que o do Banif já passou de validade, o pior é que não me lembro onde escondo a correspondência dos bancos :(

Na hora do almoço entrei num chinês com a minha colega, não ia comprar nada, mas vi uns brincos azuis e não resisti. Se tivesse cartão comprava logo uma écharpe para combinar, se bem que não costumo usar écharpes…

Hoje à noite combinei ir com uma amiga até ao fórum para comprar ingredientes para a minha mais recente dieta. Tenho que ficar linda e elegante para o Natal e especialmente para as mini férias em Berlim.

Mas nem tudo são más notícias, descobri que afinal não vou ter que pagar uma soma exorbitante por ter deixado passar a data da multa de estacionamento. Quem lê as letras pequeninas? E pior, no verso da pagina!? Enfim, antes 30€ que 150€ e posso voltar a guardar o envelope na gaveta até estar um pouco melhor de finanças.

Há ainda uma possibilidade, ainda que ínfima, de ficar milionária a partir desta noite. Vou cruzar os dedos e pensar positivo.

Bom fim-de-semana para todos

Beijokas *Jess

Amanhã já é Sábado, e Sábado é dia de compras!!!

Adoro ocasiões especiais! Festas, aniversários… São sempre um pretexto para comprar e estrear roupa nova! Tou mortinha que chegue amanhã e que sejam 10h para poder ir para o shopping experimentar coisas lindas e maravilhosas. Sim, não tenho nada no armário. É incrível como as coisas que tanto cobiçamos e compramos, de um dia para o outro perdem o seu encanto… A verdade é que não tenho nada de jeito para vestir e como vou ter um aniversário, apesar de não estar muito bem em termos de finanças, vou ter que fazer um pequeno esforço e comprar uma toilette decente. Também, não posso andar mal vestida e a parecer mal! É certo que o dinheiro que tenho é para pagar a renda da casa. Mas até lá, arranjo maneira de restituir o que vou gastar. Não quero pensar nisso agora… O importante é concentrar-me nas coisas que quero comprar e imaginar como vou ficar bonita! No mínimo dos mínimos, uma camisa e um casaco, se bem que dependendo das cores, posso não ter uns sapatos que fiquem bem. As calças também são um caso a pensar. Espero encontrar algo espectacular, já tentei hoje no horário de almoço. Ia apenas dar uma vista de olhos a umas camisolas mas vi uma promoção imperdível. Na compra de 2 pares de luvas ofereciam o terceiro! Eu não preciso, mas oportunidades destas não são de deixar passar. Posso sempre dar de prenda de Natal ou isso… Estou tão contente! Sinto-me bafejada pela sorte. Não é que ia na rua e uma menina de uma perfumaria me deu um vale de descontos? E dos bons!!! No total são 67,50€ de descontos em artigos de perfumaria. 10€ em perfumes, 7,50 € em compras a partir de 75€, 14,90€ em compras superiores a 149€, ou seja, quanto mais comprar mais dinheiro ganho! É realmente maravilhoso! É nestas alturas que se deve abrir os cordões à bolsa e fazer bons investimentos. Porque um investimento, nunca é dinheiro perdido. Tenho que aproveitar, não é todos dias que oferecem descontos assim! Talvez passe por lá mal saia do trabalho… Só dar uma vista de olhos, porque a prioridade agora é comprar a toilette para amanhã!!! Bem, a minha colega de trabalho não para de olhar para aqui. Deve achar estranho eu estar a trabalhar tão afincadamente… Espero que tenham um excelente fim-de-semana! Boas compras!

Não contem a ninguém, mas nós temos um segredo!

Compras, contas e… vontade compulsiva de estar na moda, custe o que custar, literalmente.

Ser uma mulher moderna, cosmopolita, inteligente e independente! É esta a nossa ambição!

Tudo seria perfeito, não fosse um pequeno mas fundamental pormenor, o dinheiro… ou a falta dele, melhor dizendo :(

Mas dizem que assumir o vício é o primeiro passo para a cura por isso criamos este blog, para partilhar as nossas histórias, algumas reais, outras nem por isso, mas esperemos que todas sejam divertidas.